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06 setembro 2016

Escritores da Liberdade - Filme e Análise

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Escritores da Liberdade - Filme e Análise
Título Original: Freedom Writers
Elenco:Hilary Swank, Patrick Dempsey, Scott Glenn, Imelda Staunton, April L. Hernandez
Direção: Richard LaGravenese
Gênero: Drama
Estréia: 2007
Sinópse: 
Hilary Swank, duas vezes premiada com o Oscar, atua nessa instigante história, envolvendo adolescentes criados no meio de tiroteios e agressividade, e a professora que oferece o que eles mais precisam: uma voz própria. Quando vai parar numa escola corrompida pela violência e tensão racial, a professora Erin Gruwell combate um sistema deficiente, lutando para que a sala de aula faça a diferença na vida dos estudantes. Agora, contando suas próprias histórias, e ouvindo as dos outros, uma turma de adolescentes supostamente indomáveis vai descobrir o poder da tolerância, recuperar suas vidas desfeitas e mudar seu mundo. Com eletrizantes performances de um elenco de astros, incluindo Scott Glenn (Dia de Treinamento), Imelda Stauton (Harry Potter e a Ordem da Fênix) e Patrick Dempsey (Grey's Anatomy), ganhador do Globo de Ouro. Escritores da Liberdade é basedo no aclamado best-seller O Diário dos Escritores da Liberdade.
Fonte: http://interfilmes.com/filme_16856_Escritores.da.Liberdade-28Freedom.Writers%29.html

Escritores da Liberdade - Filme e Análise

ANÁLISE DO FILME

O filme "Escritores da Liberdade" (Freedom Writers, EUA, 2007), baseado em uma história real, aborda de maneira comovente os desafios da educação, em especial num contexto sócio-econômico problemático.           

A trama inicia-se com a jovem e entusiasta professora Erin Gruwell (Hilary Swank) ingressando, em 1994, na escola Woodrow Wilson (em Long Beach, California), com a incumbência de lecionar literatura e língua inglesa, para a turma da sala 203, formada por alunos de um programa de integração voluntária. Os alunos da sala 203 eram de diferentes nacionalidades, muitos faziam parte de gangues, todos viviam em uma situação socioeconômica muito precária, não se respeitavam entre si ou se interessavam pelos estudos, além de serem alvos de descrédito por parte do corpo docente e da direção da escola, que os acusavam de afastar boa parte dos bons alunos que antes ali estudavam. A maioria dos alunos de tal sala vivia em situação de risco social, sendo que alguns estavam lá apenas como alternativa ao reformatório.

Apesar de enfrentar grandes desafios no início de seu trabalho, em relação à coordenação, aos outros professores e aos próprios alunos, aos poucos Erin ou a Sra. G (como era chamada pela turma) começou a ganhar a confiança dos alunos, e principalmente do Secretário de Educação responsável pela escola. Entre tentativas frustradas e de sucesso, Erin descobre um meio de comunicação muito interessante, que quebra as barreiras raciais, éticas e sociais entre ela e os alunos, sendo possível assim que os alunos da sala 203, tidos como incapazes, começassem a descobrir o mundo da aprendizagem.

O trabalho desta professora foi muito além da sala de aula. Ela possibilitou que seus alunos tivessem outras perspectivas de mundo, por exemplo, visitando o museu do holocausto, possibilitando aos jovens conhecer os efeitos traumáticos da ideologia da “grande gangue” nazista, que provocou a 2ª. Guerra Mundial, e também reconhecer as semelhanças entre esse acontecimento e suas “pequenas gangues” da escola, ou levando-os para jantar em restaurantes finos.

Inspirada no livro “O diário de Anne Frank”, que despertou grande interesse nos alunos, a Sra. G solicitou que cada um escrevesse diariamente em um caderno, não como forma de avaliação, mas sim como um modo de fazer cada um deles pudesse expressar seus sentimentos, aflições, alegrias, desagrados, etc.

O método de ensino e a empatia de Erin resultaram, não só no sucesso acadêmico dos alunos, mas também na mudança de perspectiva de vida de cada um deles, de tal forma que ela passa a ser um fator de proteção para esses adolescentes. A ação pedagógica da Sra. G é inovadora, uma vez que desperta a motivação dos alunos para expressar seus sentimentos, ler, pensar, escrever, e mudar a partir do reconhecimento de que sim, eles são capazes.

Como a história de Erin Gruwell e a sala 203 da escola Woodrow Wilson é real, em 1997, Erin em parceria com os alunos funda a associação “Freedom Writers Fundation” (Associação dos Escritores da Liberdade - http://www.freedomwritersfoundation.org/) e posteriormente publica um livro que reúne os diários escritos por cada um.

Além de ser um filme extremamente envolvente e que leva a uma reflexão sobre desigualdades nas classes sociais, racismo, desestrutura familiar, intolerância ao que é diferente, a funcionalidade de políticas públicas, exclusão social, entre outros, em termos de prevenção à violência o filme faz pensar sobre a escola como fator de proteção e como meio de implementar política de prevenção à violência, seja para pessoas que sofrem ou que fazem uso da violência.

Autora da análise:
Caroline de Macedo Benedito


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